sexta-feira, 4 de novembro de 2011

5ª Caminhada dos Terreiros de Pernambuco



5ª Caminhada dos Terreiros de Pernambuco

Na tarde-noite desta sexta, dia 4 de novembro, a cidade do Recife será mais uma vez palco de uma das manifestações religiosas mais ricas deste país. Um povo que há pouco tempo utilizava do sincretismo religioso para manter viva a fé, tradição e cultura, hoje, se reafirma em sua própria crendice, exigindo o fim da intolerância religiosa e o respeito à sua fé. Claro que falamos de um  povo diverso,  uma de suas riquezas, e que percorreram caminhos diferentes, em comum, a luta pela sobrevivência e a coragem de resistir sendo minorias e sem ter a proteção de  nenhum aparato político, tão somente, a proteção e a benção dos ancestrais, Orixás...
Conspiremos juntos e juntas! Nesta grande celebração da liberdade e da vida.

Fraternamente,
Elizeu Espíndola

domingo, 9 de outubro de 2011

Um novo amanhecer para a humanidade


"Não deve haver paz sem justiça, "democracia" enquanto subsistirem a miséria, a fome, a desnutrição, a corrupção, Wall Street (um epicentro do poder financeiro global e da corrupção), os G8 e G20, o imperialismo Norte Americano... 

Que hajam guerras! 
Que caiam as democracias! 
Se isso significar um novo amanhecer para a humanidade e para todo o planeta”.

Elizeu Espíndola


A triste saga dos filhos e filhas de Deus.


Higienização na cidade, travestida de projeto
urbanista, e climatização nas igrejas. A triste saga dos filhos e filhas de Deus. 

Varridos como sujeira, lixo-humano dos espaços públicos porque insistem em atrapalhar a dinâmica da vida moderna, nitidamente marcada pela dialética imagem e consumo, manchado-a com sua “feiúra”, “fedor” e miséria. Sutilmente, "excomungados" dos espaços sagrados por não ser um bom negócio. Essa é a triste realidade de muitas crianças, adolescentes, jovens e idosos que a semelhança de Jesus de Nazaré, "não tem onde reclinar a cabeça".  Contudo,  assistimos meio que indiferentes a essa vergonhosas realidade. Como se fossemos vencidos, convencidos da naturalização da miséria, da desigualdade... 
Ou mudamos nossa concepção de igreja ou ela continuará não fazendo o menor sentido como projeto do Reino de Deus. Continuaremos indiferentes as necessidades fundamentais e estruturais de nossa gente. Transformados em "Mercados da fé", verdadeiros shoppings para atrair um público com perfil cada vez mais próximo ao de consumidor, dos vários artigos da fé, que de profetas e  profetisas, que denunciam as injustiças e a triste realidade de miséria, fome, dor, violência... de nosso povo, o espaço sagrado tem sido vergonhosamente profanado por falsos profetas, empresários, mercenários da fé.  E chega de tentarmos encobrir tamanha vergonha e podridão, maquiando-a ora com ações assistencialistas, paternalistas, lamentavelmente, ainda regra geral entre nós, ora com pseudos projetos sociais que mais dão visibilidades aos interesses da igreja e de seus representantes que visam a transformação radical de uma determinada realidade social marcada pela opressão e exclusão. 

"Que caiam as muralhas que separam o povo de
Deus do povo de Deus. Ainda que estas sejam nossos templos e catedrais..."

Elizeu Espíndola